Tashkent

Também conhecida como Praça Hazrat Imam, é um centro religioso de Tashkent, localizado na parte antiga da cidade, dentro dos bairros com antigas casas de pau-a-pique que infelizmente foram danificadas no terremoto de 1966. Este complexo surgiu ao lado do túmulo de um dos primeiros imãs da cidade de Tashkent, o famoso cientista, estudioso do Alcorão e Hadith, poeta e artesão Hazrati Imam.No território de Hazrat-Imam existem alguns monumentos arquitetônicos, incluindo a Madrasa Brak-Khan, a Mesquita Tillia Sheikh, o mausoléu do santo Abu Bakr Kaffal Shashi e o Instituto Islâmico de al-Bukhari, onde futuros pregadores aprendem. Também está localizado lá o Conselho Espiritual Muçulmano da Ásia Central, liderado pelo Mufti.O complexo também possui uma biblioteca que abriga um grande número de manuscritos orientais, incluindo o mundialmente famoso Alcorão do Califa Uthman – Otomano.

A Madrasa Barak-Khan foi construída no século XVI por Suyunidzh-Khan, um dos netos do famoso astrônomo Ulugbek. O local se tornou a sede da Administração Espiritual dos Muçulmanos da Ásia Central e também abriga uma grande biblioteca de manuscritos orientais. Uma característica notável da biblioteca da Madrasa Barak-Khan é que ela é usada para armazenar o mundialmente famoso Alcorão do califa Osman, a principal fonte do livro sagrado do islamismo, escrito em meados do século VII. Este manuscrito monumental, composto por 7 páginas de pergaminho, viajou através do tempo e dos impérios, salvaguardado nos tesouros dos califas de Medina, Damasco e Bagdá, antes de chegar ao Uzbequistão.O edifício da madrassa é construído em tijolo e é coroado por três cúpulas azuis. As portas das celas e a porta de entrada da Madrasa Barak Khan são incrustadas com marfim e metais não ferrosos.A Madrasa Barak Khan também inclui dois mausoléus, ambos construídos antes do início da construção da madrasa.

A Mesquita Tilla Sheikh em Tashkent costumava ser a principal mesquita de sexta-feira na cidade. Foi construído em 1857 por ordem de um dos comerciantes mais ricos e um muçulmano devoto. Traduzido do idioma uzbeque, o nome da mesquita significa "Mesquita Sheikh Dourada". Até hoje, é uma das maiores mesquitas de Tashkent.O edifício tem formato retangular e é emoldurado por dois minaretes. Além de sua função principal, os minaretes serviam como faróis para caravanas de comerciantes que passavam por Tashkent. O minarete pode ser acessado por uma escada em espiral, e geralmente é dos minaretes que os imãs chamam os fiéis para a oração. As cúpulas que coroam os minaretes são cobertas com esmalte azul e as paredes da mesquita com mosaicos.O salão principal da mesquita é o chamado salão de inverno. É coberto por tapetes e só é possível acessá-lo descalço. No centro da mesquita, há um púlpito de madeira esculpida de onde o imã lê as orações. Ao lado do púlpito há um mihrab, um nicho em estilo oriental que indica a direção de Meca. Durante a oração, os fiéis se voltam para o mirhab. Os tetos da mesquita são lindamente pintados e as janelas são decoradas com uma treliça feita de uma mistura de gesso e argila. Não é permitido tirar fotos dentro deste edifício religioso.A mesquita tem um pátio, um depósito de livros e dependências. Há árvores e bancos em frente ao prédio. Durante o verão, os muçulmanos podem rezar no pátio, em uma varanda ao ar livre.

É um mercado oriental com mais de cem anos de existência e que sempre esteve localizado na praça principal de Eski-Juva. Os edifícios dos antigos bazares foram destruídos e deteriorados, mas a arquitetura tradicional permanece intacta, com suas grandes cúpulas, o único meio de proteção contra o calor e a poeira do clima asiático seco e quente.Nos balcões deste bazar oriental, você encontrará frutas frescas, frutas secas de cor âmbar, pão torrado (lepeshka), carne fresca, kazy (salsichas de carne de cavalo) e muito mais. Tudo é tão atraente que é impossível ignorar. Perto do bazar estão os choykhonas, onde você pode saborear pilaf amarelo-âmbar, shahlyk aromático (carne grelhada) e shurpa quente (sopa). Não se esqueça de passear pelas barracas de souvenirs, onde mestres das artes aplicadas vendem seus artesanatos.

Localizado na Madrasa Muyi Muborak, abriga uma exposição de livros antigos, entre os quais está uma das cópias do Alcorão de Osman, uma relíquia sagrada que, segundo os muçulmanos, é a mais antiga do mundo (século VII). É um gigantesco manuscrito de 250 páginas, feito de pele de veado, que narra os versos do Alcorão em caligrafia hejazi, muito semelhante à cúfica, com grandes caracteres pretos e sem vocalização. O profeta Maomé transmitiu as revelações oralmente ou, no máximo, elas foram escritas em folhas de papel individuais. Foi somente após sua morte que o califa Osman (Uthman Ibn Affan) decidiu compilar os ensinamentos do profeta em um único livro. Era o ano 650 d.C. e o texto sagrado do Islã tinha acabado de nascer. Dizem que Osman fez cinco cópias, das quais a única que ainda está preservada é aparentemente esta de Tashkent. O livro aparentemente permaneceu no Iraque até que Amir Timur o levou para Samarcanda. Mais tarde, com a chegada dos russos, foi enviado para São Petersburgo e, finalmente, em 1924, foi devolvido ao Uzbequistão, onde está em exposição hoje.

Localizado no centro de Tashkent, é o local onde grandes eventos e desfiles estatais são realizados nos feriados nacionais. Não é apenas uma das principais atrações de Tashkent, mas também é um símbolo da cidade e um local favorito dos cidadãos que fazem passeios tranquilos entre as fontes refrescantes e caminhos verdes.A Praça da Independência ocupa uma área de mais de 12 hectares. Ao subir os degraus de granito, emoldurados por fontes em cascata que chegam a 7 metros de altura, você chega aos pés de uma majestosa colunata. Dezesseis colunas de mármore branco são unidas por um elegante arco de metal prateado. A colunata é coroada por figuras de cegonhas, que simbolizam a paz e a tranquilidade no país.

Um dos monumentos incomuns de Tashkent é a residência do Príncipe Romanov, construída em 1891 no centro da cidade, de acordo com o projeto dos arquitetos A.L. Benois e V.S. Geyntseltsman. É uma residência particular térrea, construída no estilo moderno (o estilo que estava na moda na época). O elegante edifício era ricamente decorado com grades esculpidas, janelas de formatos incomuns, torres e outros elementos decorativos. O príncipe era um grande fã de caça, e por isso a entrada principal de sua residência particular era decorada com figuras de bronze de veados e cães de caça. Na parte de trás do edifício havia um grande jardim, projetado pelo famoso botânico e farmacêutico de Tashkent I.I. Krause. Foi dada especial atenção ao design interior do palácio. Os corredores da residência privada eram revestidos de carvalho escuro, decorados com cornijas esculpidas e pinturas douradas. Do salão principal, três portas levavam aos aposentos do príncipe e sua esposa. No lado esquerdo da residência havia uma sala de bilhar, uma biblioteca e uma sala de jantar, e no lado direito, uma estufa e um jardim japonês. Em uma das alas do edifício, o príncipe russo organizou um zoológico para animais selvagens e, aos domingos, o pequeno zoológico ficava aberto ao público.